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  • Foto do escritorAna Thomaz

O MOSQUITO E A ARANHA!

Estamos vivendo um momento de grande polaridade, mas a novidade é que agora as polaridades estão do mesmo lado.

Quando pensamos em polaridade surge a imagem de positivo/negativo, de certo/errado, de bem/mal, contra/a favor, e por aí segue.

Mas as polaridades que estamos vivendo agora é de negativo/negativo, positivo/positivo, certo/certo, errado/errado, contra/contra…


Apesar do caos, talvez esse seja o início da integração!


Houve o tempo em que vivíamos a ilusão de que existia a diferença entre um caminho ou outro.

Desiludidos, hoje já sabemos que seja qual for o caminho dado que escolhemos seguir, estaremos seguindo o caminho do outro e não nosso próprio caminho.

O caminho próprio não é solitário, pois se faz em composição.

O caminho singular é uma experiência que diferencia e não tenta igualar as diferenças.


Paradoxalmente, para estar no singular é preciso viver na multiplicidade da existência, para a individuação existir é necessário desfazer fronteiras.


O que iguala as polaridades é a busca do mesmo fim.

Viver para a finalidade é o fim comum a todas as polaridades.

“Os fins justificam os meios”, essa é a base que iguala as diferenças.

O positivo e o negativo, o certo e o errado, o bem e o mal, querem a mesma coisa.

Todos em busca do poder para compensar a impotência.

Todos em busca de legitimidade, de justiça, de prazer, desde seu ponto de vista ignorando a variedade de perspectivas.


É como se os mosquitos que voassem aqui pelo sitio pedissem para Deus protege-los de caírem nas teias das aranhas que habitam o mesmo espaço, sem se dar conta que as aranhas poderiam pedir para esse mesmo Deus para que tenham uma boa captura de mosquitos para comer.


As polaridades estão do mesmo lado porque não podemos mais por nas mãos de Deus o certo contra o errado, nem nas mãos de nenhuma instituição, nem da ciência, nem de religiões, nem de gurus, nem de ideologias, nem de filosofias.

O caminho não é para fora, nem para dentro, pois é para fora e para dentro ao mesmo tempo.

E o caminho não existe.

O caminho se cria com o próprio caminhar sem necessariamente precisar sair do lugar.


Depois dos tempo de dualidade há de surgir o tempo da integração.


A integração da pluralidade e da multiplicidade que gera a singularidade de uma existência incomparável, impermanente e imprevisível nesse contínuo que chamamos de vida.

Que possamos nos abrir para os tempo da integração, uma abertura transformadora de cada um, um movimento a principio nada cômodo, mas que ressoa com a potência da vida.

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